A cafeicultura brasileira, um dos pilares do agronegócio nacional e responsável por colocar o país entre os maiores produtores e exportadores do mundo, recebeu um impulso significativo para a safra de 2025. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a habilitação de 29 instituições financeiras para operar R$ 7,18 bilhões em recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que serão direcionados a diferentes etapas da cadeia produtiva.
O crédito contemplará linhas voltadas para custeio, comercialização, aquisição de café, capital de giro destinado a cooperativas e indústrias, além da recuperação de cafezais afetados por intempéries ou pragas. Entre os bancos e cooperativas aptos a operar os recursos estão instituições de grande porte e capilaridade, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú BBA, Santander, Sicoob e Sicredi.
A seleção seguiu critérios rigorosos de avaliação, que incluíram capacidade operacional, regularidade fiscal e histórico no gerenciamento de recursos do Funcafé. O processo contou com análise técnica conjunta do Mapa e do Ministério da Fazenda. Cada instituição habilitada receberá montantes proporcionais à sua capacidade de execução e à demanda identificada entre os produtores e empresas do setor.
Com os contratos autorizados, as operações de crédito podem ser iniciadas imediatamente, permitindo que os cafeicultores tenham acesso rápido ao financiamento. A estratégia é considerada crucial para manter a competitividade do setor, sobretudo em um cenário marcado por variações nos preços internacionais e desafios climáticos recorrentes, como secas prolongadas ou geadas.
O Funcafé, criado para oferecer suporte estratégico à cafeicultura, desempenha papel essencial no equilíbrio da oferta e na sustentação da renda dos produtores. Ao assegurar recursos para todas as fases — do manejo ao escoamento da produção —, o fundo contribui para a estabilidade de uma atividade que movimenta bilhões de reais e sustenta milhares de empregos diretos e indiretos em várias regiões do país.
Especialistas do setor destacam que a liberação dos recursos no momento certo pode significar não apenas a manutenção da produtividade, mas também a oportunidade de investimento em tecnologias e práticas sustentáveis, capazes de aumentar a qualidade do café brasileiro e consolidar sua posição no mercado global.
Com o aporte de R$ 7,18 bilhões e a participação de instituições financeiras com experiência e capilaridade, a expectativa é que o crédito circule com agilidade, chegue aos pequenos, médios e grandes produtores e sirva como alavanca para mais uma safra de sucesso, reforçando a importância econômica e cultural do café no Brasil.