Portas da universidade se abrem para sonhos: Feira vocacional transforma o Centur em palanque para futuros

Belém concentra energia e expectativas em um espaço que se transforma em vitrine de futuro. No coração do Centur, jovens e adultos têm a chance de conhecer de perto a estrutura e os cursos da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Não se trata apenas de uma feira — é uma imersão no universo acadêmico, repleta de cultura, diálogo e inspiração silenciosa entre corredores e estandes.

A feira vocacional, idealizada pela universidade, oferece muito mais do que orientação tradicional. Ao longo de um dia inteiro, visitantes encontram estandes que retratam a diversidade dos cursos disponíveis — de letras a medicina, passando por áreas como educação física, música e formação de professores. É um espaço de descoberta, no qual futuros estudantes se deparam com possibilidades concretas de formação. Há também o exame vocacional, uma ferramenta que ajuda a mapear aptidões e interesses como guia para escolhas profissionais.

Além das ofertas acadêmicas, o ambiente vibra com apresentações artísticas que dão vida ao evento. O Coral de Libras, formado por alunos de Letras Libras, harmoniza inclusão e performance. A Bateria Búfalos, composta por acadêmicos de Medicina, coloca ritmo na feira, enquanto os alunos de Educação Física movimentam o público com energia e movimento. O encerramento na voz do Coral Madrigal da Uepa traduz sensibilidade e pertencimento — harmonia que ecoa além dos salões.

As rodas de conversa introduzem uma camada reflexiva e acolhedora à programação. Temas como saúde mental, acessibilidade, inclusão e projetos de vida na universidade são debatidos com leveza e profundidade. Esse formato permite que o visitante não apenas observe, mas participe, levante questões, demisque expectativas e compartilhe inquietudes.

A feira é também um convite à democratização do ensino superior. Ao abrir as portas da universidade para toda a comunidade, a Uepa sinaliza que a educação pública e de qualidade não é privilégio, mas um direito — um espaço de conhecimento que floresce no diálogo com quem vive os desafios do vestibular, do Enem e da construção de um projeto de vida.

A trajetória de muitos dos visitantes reflete essa busca por pertencimento. Alunos formados por meio do Programa Nacional de Formação de Professores (Parfor), da Universidade Aberta do Brasil e do Forma Pará testemunham o papel transformador de oportunidades reais em comunidades com menos acesso. A feira estabelece uma ponte entre sonhos e caminhos concretos, convidando o público a ultrapassar preconceitos, medos e dúvidas.

Para candidatos dos cursos que exigem processos seletivos próprios — como Letras-Libras ou Música —, o evento reforça a relevância desses espaços especializados. É um momento para se informar, alinhar expectativas e sentir que, com dedicação, a universidade pode ser uma realidade palpável.

O amor pela medicina, por exemplo, ganha voz nas palavras de uma aluna que, hoje no curso, destaca não apenas seu percurso exemplar, mas o desejo de retribuir à sociedade com humanidade e respeito. Ela personifica uma geração que quer impactar não apenas pela carreira, mas pelo cuidado com o outro.

Este encontro entre expectativa, arte, orientação e comunidade celebra, no fundo, um princípio: a educação é mais do que preparação, é celebração da possibilidade de transformar vidas. No Centur, a Uepa não só apresenta seus cursos — ela acessa sonhos, amplia horizontes e convida a sociedade a construir, academia e público, um futuro coletivo.

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